terça-feira, 30 de agosto de 2016

Tabela de acordes maiores

Do Maior- Do Mi Sol
Fa Maior- Fa Lá Do
Sib Maior- Sib Re Fa
Mib Maior- Mib Sol Sib
Láb Maior- Láb Do Mib 
Reb Maior- Reb Fa Láb 
Solb Maior- Solb Sib Reb 
Dob Maior- Dob Mib Solb
Sol Maior- Sol Si Re
Re Maior- Re Fa# Lá 
Lá Maior- Lá Do# Mi
Mi Maior- Mi Sol# Si
Si Maior- Si Re# Fa#
Fa# Maior- Fa# La# Do#
Do# Maior- Do# Mi# Sol#

Construindo acordes e intervalos de terças - harmonia

Acordes acontecem quando tocamos ao mesmo tempo 3 notas ou mais. Se tocamos 2 notas, é um intervalo. Veremos nesse post algumas possibilidades para construção de acordes e maior agilidade para sua construção.
Os acordes podem ser construídos pensando-se de formas diferentes, dependendo do instrumento em que será executado (podendo ser mais de 1 instrumento), do estilo de música ou do arranjo.
Para construir um acorde, você precisará conhecer a escala maior correspondente, se quiser mais agilidade. Então, estude todas as escalas maiores e saiba visualizar os seus acidentes. 
Com as escalas e os intervalos facilmente visualizados, vamos começar a construir os acordes, pensando em intervalos de terças. Comece pela primeira nota da escala e construa um acorde a partir dela. Para encontrar as terças, basta pular uma nota. 
Ex:
Si (Do#) Re# (Mi) Fa#- escala de Si Maior
Fa Lá Do- escala de Fa Maior

Note que esses acordes possuem uma estrutura de Fundamental-Terça Maior e Quinta Justa. São acordes maiores.
Se analisarmos, perceberemos também que a estrutura fica terça maior- terça menor. Veja:

Mi    Sol#    Si- escala de Mi maior
    3M     3m

Da nota Mi para a nota Sol# temos uma terça maior, da nota Sol# para a nota Si temos uma terça menor. Você irá então desmembrar os acordes e memorizar as terças. Esse estudo é o mais importante para construir rápido os acordes. 

Exemplos
Acorde de Mi maior- Mi Sol# Si
Mi Sol#- terça maior
Sol# Si- terça menor

Acorde de Sol maior- Sol Si Re
Sol Si- terça maior
Si Re- terça menor

Faça isso com o maior número de acordes possível e se puder, passe para o seu instrumento. Certifique-se de que os acordes estão montados corretamente. Se tiver dúvidas, veja a nossa tabela de acordes maiores. 
Com esse estudo, você saberá rapidamente se os intervalos dos acordes estão corretos e além disso, terá estudado todos os acordes maiores duas vezes e também os intervalos de terça maior e terça menor. Isso contribuirá na sua fluência de intervalos de terças, que são dos mais importantes na harmonia. 

Utilizando então o que foi estudado acima, vamos construir os acordes menores. Vamos sobrepor terça menor-terça maior.

Ex:
Montar o acorde de Si menor.
(No acorde Sol maior- Sol Si Re, sabemos que do Si para o Re temos a terça menor)

Si + Re-terça menor

(Se você chegou a estudar o acorde de Re maior, viu que ele é Re Fa# Lá, então a terça maior de Re é Fa. 

Re + Fa#- terça maior

Si Re Fa#- acorde de Si menor

O único cuidado a ser tomado aqui é conferir se você está colocando as notas certas, cuidando bem dos acidentes.

Se tudo caminhar bem, você em pouco tempo terá um boa fluência na construção desses acordes. 

Possibilidade 2
A partir de todos os acordes maiores, montaremos os outros, alterando os intervalos.
Sendo assim, a partir de um acorde maior, basta alterar a sua terça em meio tom abaixo para que se torne menor. Muito cuidado na hora de alterar, para que o acidente seja o correto. NUNCA mudamos o nome das notas do acorde, apenas fazemos a alteração.
Ex:
Do Mi Sol- acorde maior
Do Mib Sol- acorde menor

Se colocássemos um Re# na terça do acorde, na verdade seria uma segunda aumentada.
Transforme os acordes de todos os tons maiores em acordes menores. 
Outro caso:

Fa# Lá# Do#- acorde maior
Fa# Lá   Do#- acorde menor

Neste caso acima, abaixamos o Lá# em meio tom e ficou a nota Lá. 

Feito isso em todos os tons, você já terá uma visualização melhor dos acordes. 

Possibilidade 3

Memorize bem as escalas com sustenidos e bemóis. Monte os seus campos harmônicos. Se tiver dúvidas quanto a isso, colocarei abaixo os posts que ajudarão nesses estudos de hoje. 

Após construir e memorizar bem esses campos harmônicos, manipule os acordes da seguinte forma:

-Escreva apenas os acordes maiores da tonalidade que são os graus I, IV e V.
-Escreva os acordes menores da tonalidade, graus ii, iii e vi. 
-Exercite, pensando nos acordes que aparecem em vários tons:
Re menor é ii de Do, iii de Sib e vi de Fa. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Desenvolvendo a leitura relativa

Olá! Como estão os estudos?
A leitura de partitura é uma ferramenta que ajuda e muito qualquer músico, você já tem domínio dela?
Caso sim, vamos desenvolver uma leitura relativa. Caso não tenha prática em leitura, o post também vai te ajudar.

Antes de iniciar a leitura, é necessário que você saiba a sequência das notas fluentemente. Ex: Do Re Mi Fá Sol La Si Do (Escala de Do Maior)
Repita essas notas em voz alta.

E também essa sequência inversa:
Do Si Lá Sol Fa Mi Re Do (volta da escala)

Repita a sequência inversa em voz alta. Faça novamente esse exercício acelerando aos poucos. Você deve ter fluência na pronúncia das notas em sequência. Parece fácil, mas muitos músicos experientes têm dificuldade com isso, principalmente se não fazem leitura de partitura.

Mas você deve fazer isso começando por cada uma das 7 notas.

Re Mi Fá Sol Lá Si Do Re
Re Do Si Lá Sol Fa Mi Re

Etc...

Deixe isso bem fluente mesmo, pois vai ajudar em muitos outros assuntos de teoria e prática.

Faça isso no seu instrumento também.

Um segundo exercício que você pode fazer é esse:

Do Mi Sol Si >Si Sol Mi Do
Re Fa Lá Do >Do Lá Fa Re

Ou seja, pulando uma nota, falando as notas em terças.

Vamos à leitura então!

A pauta é formada por 5 linhas e 4 espaços e a clave é o símbolo que dá nome às notas. Sem a clave, não saberemos que nota está escrita. Porém, uma boa alternativa para começar a estudar a leitura com uma outra abordagem é simplesmente escrever as notas na pauta sem a clave. Veja:




Na imagem acima temos as notas escritas na pauta, mas não temos uma clave. Vamos pensar que a nota mais grave aqui (a nota que se encontra na primeira linha) é a nota Dó. Então, como fica a leitura na sequência? Qual a nota que fica na primeira linha, tomando como base que a primeira linha é a nota Do?
Ok, vamos trabalhar mais em cima disso. Agora, visualize apenas as notas que estariam nos espaços . Se a nota da primeira linha é Do, qual seria a nota do primeiro espaço?
Faça isso tomando como base qualquer uma das notas, saia da rotina, estude a leitura utilizando notas como referência. Você vai visualizar também o contorno da melodia.
Por hoje é só, continuamos nos próximos posts o assunto.
Bons estudos!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Intervalos- classificação

O intervalo é a distância entre duas notas.

Ele acontece o tempo todo enquanto ouvimos ou tocamos uma música. Pelo parâmetro da altura, é o que diferencia uma nota da outra.

Pode ser harmônico ou melódico. O intervalo harmônico, é quando duas notas soam simultaneamente. Já o melódico são notas sequenciais e pode ser ascendente, quando a primeira nota do intervalo é a mais grave e descendente, quando a primeira nota é mais aguda.



Para classificá-los de forma qualitativa, utilizaremos a estrutura da escala maior.



T     2M     3M     4J     5J     6M     7M     8J

DÓ  RÉ    MI       FÁ    SOL  LÁ     SI      DÓ



Lembrando que todos esses intervalos são em relação à nota dó (tônica da escala). A nota MI é 3ª maior apenas em relação à nota DÓ.

Para classificar qualquer intervalo, pensaremos então na escala da PRIMEIRA NOTA do intervalo.



Ex: Fá      Sib



Pensaremos na escala de Fá maior, o Sib encontra-se nesta escala, então está tudo certo, é 4J.

Caso o intervalo fosse Fá e Si, percebemos a alteração de 1 semitom para cima. Quando isso acontece para qualquer intervalo, pensando na estrutura da escala para classificar, o intervalo se tornará aumentado. Temos uma 5ª aumentada.

Agora pensando no intervalo de Dó e Mib. Na escala de Dó maior, o Mi é natural, então temos uma alteração de 1 semitom para baixo. Quando isso acontece nos intervalos de 2ªs, 3ªs, 6ªs e 7ªs, o intervalo se tornará menor. Agora, sendo Dó e Mibb (dobrado bemol), alteramos 1 tom para baixo. Quando isso acontece nesses mesmos intervalos, ele será diminuto.

Próximo intervalo: Dó e Fáb. Alteramos na quarta, meio tom abaixo. Para os intervalos JUSTOS, essa alteração gera o intervalo diminuto. Ou seja, para os intervalos de 4ªs, 5ªs e 8ªs.



RESUMO:

Faça a classificação quantitativa do intervalo, depois, pense na escala da primeira nota. Se a segunda nota coincidir com a escala maior da primeira nota, com as alterações específicas, o intervalo será um da tabela da estrutura da escala. Se não coincidir, e for meio tom abaixo do certo para a escala, acontecerá da seguinte forma> para intervalos justos da escala, se tornará diminuto e para intervalos maior, se tornará menor. Se for um tom abaixo> Para intervalos maiores, se tornará diminuto. Agora, se for meio tom acima de qualquer grau da escala, será aumentado.



O intervalo mais-que-diminuto acontece quando é meio tom abaixo do diminuto. O intervalo mais-que-aumentado é meio tom acima do aumentado.



                                                   TABELA DE CLASSIFICAÇÃO

um tom abaixo          meio tom abaixo    ESCALA         meio tom acima     um tom acima

mais-que-diminuto    diminuto                JUSTOS          aumentado           mais-que-aumentado

diminutos                  menores                MAIORES       aumentado           mais-que-aumentado

Partes da música

Vamos aproveitar os conceitos estudados até aqui para abrir novos horizontes na escuta e perceber as partes da música.
A música é dividida em partes, que se complementam, às vezes contrastando ou mesmo conversando. Há vários meios de perceber essas partes. Comece ouvindo uma música que já é familiar para você.

1-Essa música tem introdução? Como ela é? Tem alguma semelhança com outras partes da música?

2-Existem partes da música que repetem? Faça anotações marcando com canetas de cores diferentes cada parte e as repetições da mesma cor. Quantas partes repetem?

Uma dica importante é verificar se existem partes com a mesma melodia/ritmo, mas com letra diferente. Se existem, essas partes são contadas como repetição pois a melodia é um elemento muito marcante.

3- Existe alguma parte que é totalmente diferente na música e só aparece uma vez?

4- Qual o comportamento dos instrumentos em cada parte?

Faça-se essas perguntas e reflita o que você mais gosta na música e porquê. Comente aqui o que mais você gosta!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Ritmo, pulso e música clássica

Hoje veremos um pouco como ouvir a música clássica, analisando o seu ritmo e pulso. Usaremos algumas ferramentas que ajudarão muito a alcançar esse objetivo.
Primeiro, precisamos entender o que é música clássica. A música clássica é exatamente a música produzida entre os anos 1750 e 1810. Foi um período muito curto, mas que trouxe músicos que são referências até os dias de hoje. É o caso de Mozart e, em parte, Beethoven. Grande parte da produção de música dessa época tem os instrumentos como protagonistas, apesar de haverem muitas canções profanas e sacras. O fato é que a música clássica é muito associada à música instrumental e às vezes ouvimos uma música que não necessariamente é desse período e denominamos música clássica. Para evitar confusões com a terminologia, podemos chamar o estilo de música erudita.
Vamos escutar uma peça para piano.
Chopin Opus 9 n.2
Enquanto escuta, comece a procurar o pulso, lembrando que ele sempre deve ser constante. Perceba como é o contorno da melodia, visualizando os graves e agudos, intervalos curtos ou distantes. Pense na melodia separada do acompanhamento de acordes. Faça agora o oposto, ouça a base, a harmonia e como ela acontece. Geralmente é nessa base que encontramos o pulso, que acontece nas notas graves e médias. Por hoje é só, continue ouvindo e analisando tudo, com muito cuidado, percebendo os detalhes, a beleza da música.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Pulso e contratempo

Encontrar o pulso é uma das formas mais importantes para o treino da percepção rítmica. Você pode treinar isso até ficar automatizado batendo palmas, o pé, use o corpo para que a música se torne mais natural, parte de você.
A música em algumas culturas ou situações do cotidiano é acompanhada de movimentos corporais. Perceba nos shows, na igreja quando todos cantam juntos, ou mesmo em situações informais quando as pessoas ouvem a música e se movimentam ou dançam. Ter um mínimo de consciência corporal é importante para conhecer melhor a música, afinal usamos o corpo para produzí-la e o nosso próprio corpo emite sons.
Depois de marcar as notas que estão no pulso, comece a perceber as notas do contratempo. Para preparar o corpo e o ouvido para o contratempo, vamos trabalhar o seguinte: o pulso será marcado pelos pés e o contratempo pelas mãos. Ou seja, entre cada pulso haverá o contratempo sendo feito pelas palmas. Cuidado com essa sequência, que deve seguir uma métrica muito bem marcada e tempos sempre iguais. É como uma régua, entre o centímetro 1 e o 2, temos alguns milímetros, mais precisamente 10. O milímetro 5 é exatamente a metade. É aí que temos o contratempo, na metade. Escute a música abaixo, deixando o seu corpo fluir, para encontrar naturalmente o pulso, não seja racional demais aqui.

Smoke on the water

Se você está batendo o pé para fazer o pulso e sente alguma estranheza é possível que este não seja o pulso. Quando você bate o pé e tudo parece casar perfeitamente, aí está o pulso. Lembrando que ele se mantém por toda a música, como o seu coração.

Após escutá-la e encontrar o pulso, faça o contratempo com as mãos. Nem todas as músicas podem ser trabalhadas assim com o contratempo, mas adquira o hábito da escuta  atenta, e continue estudando!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Percepção de acordes no campo harmônico

Olá! Hoje abordaremos algumas opções para o estudo de percepção de acordes de tríades. As tríades são os acordes formados por três notas, que são extraídas da escalas, quando, a partir de uma nota fundamental se sobrepõem a terça e a quinta. Por exemplo, ao montar acordes utilizando a escala de dó Maior, as notas sempre serão naturais: Do Mi Sol Re Fa Lá Mi Sol Si Fa Lá Do Sol Si Re Lá Do Mi Si Re Fa Sempre há de se sobrepor a terça e quinta em relação à fundamental dada. Ou seja, a terça de Do é Mi, a terça de Re é Fa. Caso tenha dúvidas, verifique novamente a lição de intervalos. Vamos continuar apenas pensando na escala maior, por enquanto. Podemos numerar a escala com graus e assim, memorizar a qualidade das tríades formadas nesta escala. I II III IV V VI VII C Dm Em F G Am Bdim Vamos agrupar os acordes. I, IV e V são maiores, II, III e VI são menores e o VII é diminuto. A qualidade desses acordes varia pela distância das terças e quintas em relação à fundamental. Toque no seu instrumento os acordes I, IV e V. Pense nesses acordes exatamente assim, como I, IV e V. Agora, pegue outras escalas e faça o mesmo. Memorize o som desse conjunto de acordes e perceba que ele é muito familiar. Crie uma imagem mental sobre cada acorde. Qual acorde é mais tenso? Qual é mais calmo? Qual acorde está no meio do caminho. É importante colocar que não importa se você já conhece a teoria do campo harmônico e os nomes das funções de cada acorde. Isso é meio caminho andado, se você ainda não aprendeu a ouvir esse conjunto de acordes. Divirta-se criando imagens, cantando sobre cada acorde, concentrando-se em cada uma das notas do acorde, ouvindo o baixo, etc. Manipule bem o campo harmônico e principalmente esses três acordes. Por hoje é só, até a próxima postagem!