terça-feira, 26 de junho de 2018

Como estudar canto de maneira estratégica e obter excelentes resultados

Se você quer desenvolver a sua voz e cantar muito melhor e com o mínimo de esforço, você está no lugar certo. Aqui vamos dar as melhores dicas de como desenvolver a sua voz e ganhar muita qualidade.

Cantar bem requer determinação, disciplina, foco e autoavaliação contínua. Como ter tudo isso em mente para conquistar nossos objetivos?

Determinação 

Você quer cantar melhor, certo? Se é assim, qualquer obstáculo que surja no caminho será ainda mais motivador para que você continue no caminho. As dificuldades trarão ainda mais energia e motivação para você.

Qualquer pedra no caminho é uma prova a ser superada e, muitas vezes, mais rápido do que você imagina.

Então, a cada vez que surgir algo que te faça sentir desconfortável, agradeça, pois é assim que crescemos e evoluímos cada vez mais.

Quando sentir dificuldade, grave-se, ouça -se. Busque relaxar o corpo e a mente. Tenha a certeza de que é um passo a mais e que cada milímetro percorrido vale muito.

Conforme a experiência vem sendo agregada, você vai conseguir identificar seus pontos fortes e os pontos que devem ser trabalhados. Você mesmo vai saber como melhorar. 


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Disciplina

A disciplina é outro ponto-chave para chegar à meta que você deseja. Estudar todos os dias vai trabalhar o seu corpo para que ele entenda como cantar de maneira confortável. Com o tempo, todo o corpo vai aprender a relaxar e trazer mais resultados com menos esforços.

Fazer exercícios com um propósito trará muito mais resultados do que simplesmente vocalizes que não tem fundamento. Saber os objetivos do exercício é extremamente importante, para levar o corpo ao estado desejado, que permita a emissão da voz com conforto e amplitude.

Entender a sequência da rotina de estudos também facilitará muito o processo, já que após um bom trabalho de aquecimento, relaxamento e técnica, o corpo vai responder muito melhor. E você poderá ajustar tudo que julgar necessário, saindo da monotonia e robotização que muitas vezes acontece, quando nos exercitamos sem entender ao certo a que isso nos levará.



Foco

Estar focado no que deseja desenvolver também é essencial. Com o objetivo em mente, você trabalha o que realmente precisa e colhe os resultados.

Como o foco todos os exercícios, preparação, treinamento e repertório são voltados a um objetivo, o que acelera e muito os resultados. Você estuda o que quer desenvolver com várias ferramentas e de diversas formas, então o cérebro entende o que você quer e os resultados aparecem.

Foque sempre em uma coisa de cada vez para facilitar a aprendizagem, você verá que é muito melhor.

Autoavaliação 

A autoavaliação deve ser constante e sempre valorizando os pontos positivos.

Você pode se gravar todos os dias durante o treino ou então uma vez por semana, se achar melhor. O importante é perceber o que está desenvolvendo e o que pode ser trabalhado com mais afinco. 

Aqui você deve ter uma audição mais racional, como se estivesse avaliando alguém. Foque na qualidade da voz, na projeção, na articulação, etc. Perceba o ponto que sente mais necessidade de melhorar e foque lá.

A cada passo dado, valorize a conquista e sinta-se crescendo!


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Para dúvidas ou aulas comigo, contate-me pelo e-mail ligia_goncalves22@hotmail.com

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Como desenvolver a leitura de partitura no violão e na guitarra

Se você está aprendendo violão ou mesmo se já toca há algum tempo, mas ainda tem dificuldade para aprender a leitura de partitura de forma prática e eficiente, após ler este post, você se surpreenderá ao ver como é fácil e rápido.


Confira nossos outros posts sobre o mesmo assunto, para complementar as informações:




Leia os posts acima com bastante atenção, para compreender os conceitos básicos e mais importantes. Aqui o que vamos focar é no desenvolvimento da leitura, em como estudar de maneira eficiente, para aprender a ler de verdade, com segurança e fluência.

O método que utilizo para a leitura é o Iniciação ao violão, de Henrique Pinto. Tenha-o em mãos.

Antes de começar, vamos dar algumas dicas para uma leitura mais eficaz.

1- Visualize a partitura, fazendo algumas análises, antes de começar a leitura no instrumento.
2- Imagine auditivamente a melodia e/ou o ritmo que está escrito.
3- Antes de tocar, saiba a localização destas notas no instrumento, para ganhar mais fluência.
4- Depois que começar a ler, faça a leitura religiosamente até o final, priorizando o ritmo à melodia.
5- Para cada exercício ou leitura, leia somente 2 ou 3 vezes, pois o cérebro consegue memorizar facilmente e se perde o valor do exercício, lembre-se que estamos desenvolvendo leitura.


O primeiro exercício utilizará o corda Sol. Serão as notas Sol (corda solta) e Lá (casa 2). As letras i e m representam os dedos indicador e médio, que trabalham alternadamente neste exercício. 

Exercite o comando dos dedos indicador e médio, tocando a corda solta e alternando i e m. Faça várias vezes.

Dê uma olhada geral no exercício todo e veja que só são utilizadas as notas Sol e Lá. Isso tem como objetivo fazer você trabalhar a leitura com apenas 2 notas, para uma boa assimilação.

No final de cada linha podemos observar o sinal de repetição, onde você vai retornar ao início da linha, tocar a linha novamente e, depois do sinal, finalizar na última nota, que é uma semibreve. 

Faça esses exercícios apenas algumas vezes e sinta como está a sua facilidade para ler.

Após se exercitar um pouco, você pode pegar o seu caderno pautado e criar outras variações, utilizando as mesmas notas. Você pode mudar as figuras rítmicas, a fórmula de compasso, utilizar pausas, dinâmicas, etc.


No segundo exercício, as notas utilizadas são as da corda Si. Nesta corda, primeira posição temos a nota Si (corda solta), nota Dó (casa 1) e nota Re (casa 3). Observe na partitura que os dedos da mão esquerda são correspondentes às casas (dedo 1 casa 1, dedo 3 casa 3).

Esse exercício traz mais possibilidades, por trabalhar 3 notas. Após fazer a leitura apenas algumas vezes, crie suas possibilidades no caderno pautado.

O terceiro exercício usa a mesma forma do exercício anterior, agora na corda Mi aguda. Nesta corda temos nota Mi (corda Mi aguda solta), nota Fa (casa 1) e nota Sol (casa 3).

Após o estudo deste último exercício, você pode novamente criar variações e, depois, criar exercícios utilizando 2 ou 3 cordas destas trabalhadas. São muitas possibilidades.

É muito importante você valorizar o estudo dessas leituras mais simples e criar muitas variações aqui. O cérebro assimila muito melhor quando você utiliza poucos recursos, mas de maneiras diferentes e desafiadoras.

Muito obrigada por ter lido o post até o fim, se precisar de ajuda ou se quiser marcar aulas comigo, é só entrar em contato pelo e-mail: ligia_goncalves22@hotmail.com

Até a próxima!



terça-feira, 19 de junho de 2018

Como montar acordes a partir das cifras sem decoreba

Os acordes podem parecer bicho de sete cabeças se você está começando a estudar música. A maioria das pessoas acaba memorizando-os, sem entender como é a estrutura dos mesmos. Isso pode ocasionar equívocos mais adiante, se não se desenvolve essa consciência.

Uma das vantagens de conhecer mais sobre os acordes é a possibilidade de fazer substituições quando conveniente. Você sabe qual acorde pode fazer em substituição a G#7(b13)? Se você conhece a estrutura e sua função, pode substituir de diversas maneiras, ou mesmo fazê-lo como é, mas sem precisar de nenhuma colinha, pois você mesmo sabe como distribuir as notas no seu instrumento.

Se você não sabe nada sobre o acorde que memorizou, corre o risco de confundir o acorde com outro parecido.  Ex: C7 confundir com C7M. Na cifra pode parecer que os acordes são semelhantes, mas eles possuem funções totalmente diferentes.

Enfim, é muito importante e eficiente ter conhecimento sobre os acordes, para tocar com mais segurança e propriedade. Com essa ferramenta, você abre caminho para muitas possibilidades, inclusive de arranjo.

Entendendo a base dos acordes

O primeiro passo para entender melhor sobre a formação dos acordes é enxergar a sua estrutura. Acordes são terças empilhadas. Veja:

Do Re Mi Fa Sol La Si = Do Mi Sol Si

O mesmo se dará a partir das outras notas:

Re Fa La Do
Mi Sol Si Re
Fa La Do Mi
Sol Si Re Fa
La Do Mi Sol
Si Re Fa La

Veja que existem apenas 7 possibilidades de empilhamento de terças. Se você tiver em mente estas possibilidades acima, será meio caminho andado para construir qualquer acorde que precisa. Saiba que as notas, uma vez empilhadas, podem aparecer em diversas ordens. Ex: Do Mi Sol Si ou Do Sol Mi Si ou Do Mi Si Sol, etc. O importante é que as notas foram empilhadas em terças e depois distribuídas de maneiras diferentes.

Já entendeu os 7 empilhamentos possíveis de acordes? Vamos entender a diferença entre os principais.

Acordes maiores e menores

Os acordes derivam das escalas, e os mais comuns são os maiores e os menores, que sustentam a maior parte das músicas.

Os acordes maiores são simbolizados pelas letras correspondentes às cifras e pela sétima, que pode ser maior ou menor. Exemplos:

C= acorde de Do maior
C7= acorde de Do maior com sétima menor
C7M= acorde de Do maior com sétima maior

Os acordes menores são simbolizados pelas letras correspondentes às cifras, por um "m" ao lado da letra e pela sétima, que também pode ser maior ou menor. Exemplos:

Cm= acorde de Do menor
Cm7= acorde de Do menor com sétima menor
Cm7M= acorde de Do menor com sétima maior

Como montar os acordes maiores e menores?

Digamos que você precisa agora, montar um acorde de Bbm. Como fazer isso?

Para começar, o primeiro passo é lembrar da base para a construção do acorde. Se é um acorde que começa pela nota Si, mesmo sendo bemol, usamos a estrutura do acorde de Si= Si Re Fa La.

O próximo passo é colocar o bemol na nota Si, já que é o acorde pedido. Sib Re Fa La. Como o acorde não pede 7, vamos eliminar a nota La.

Sib Re Fa

Agora, veja abaixo a formação de um acorde menor:

F                     3m                     5
 1 tom e meio          2 tons

F= fundamental(nota que dá nome ao acorde)
3m= terça menor
5= quinta justa

O que significa esta estrutura? 

Da fundamental para a terça menor há uma distância de 1 tom e meio. Da terça menor para a quinta acontece um intervalo de 2 tons.

Sabendo a estrutura, voltemos ao acorde como ele estava. Vamos calcular os tons e semitons entre as notas do acorde.

F                    3m                        5
Sib               Re                       Fa
       2 tons        1 tom e meio

Como tínhamos visto, da F para a 3m, seria necessário 1 tom e meio, e aqui contamos 2 tons. Basta então, corrigir a nota Re com um bemol.

F                           3m                     5
Sib                        Reb                    Fa
       1 tom e meio           2 tons

Veja como, corrigindo o Re, já resolvemos o intervalo da 3m para a 5. Acorde pronto!

Se o acorde menor possui esta estrutura, como é a estrutura do acorde maior? Justamente o inverso.

F                        3                           5
        2 tons            1 tom e meio     

3= terça maior

Ou seja, aqui da F para a 3, temos um intervalo de 2 tons e, da 3 para a 5, 1 tom e meio.

Viu como é fácil?

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Como ler partitura de violão clássico da maneira correta - parte 1

Hoje vamos nos aprofundar nos conceitos da leitura de partitura para violão clássico. Se você ainda tem dificuldades em ler notas, te sugiro conferir os posts abaixo, onde damos algumas dicas valiosas para realizar uma boa leitura.



A leitura de violão clássico 

A clave utilizada na leitura para violão é a clave de sol. Todas as partituras que você encontrar para violão estarão utilizando esta clave como referência.

Aqui, eu gostaria de recomendar um bom livro para estudar violão clássico do zero, que é o Iniciação ao Violão, de Henrique Pinto. É um livro que trabalha tanto a leitura quanto a técnica do violão erudito de maneira progressiva. Então, se você já quer praticar a leitura, procure esse livro. Vamos ver o primeiro e exemplo e as observações:

Neste exemplo, o primeiro que podemos notar é a indicação da letras p, i, m, a que correspondem a polegar, indicador, médio e anular. Essa é a indicação dos dedos da mão direita (para destros).

O segundo detalhe é o número 0 com um círculo em volta, do lado esquerdo da primeira nota do primeiro compasso. Quando aparece esse sinal, é um indicativo de que a nota está sendo tocada com corda solta.

O próximo ponto a ser observado aqui são os números que aparecem à esquerda das notas, porém, sem o círculo em volta como acontece no caso anterior. Veja que no segundo compasso aparece o número 1. Aqui é preciso ter atenção para evitar erros. Esse número é o indicativo do DEDO da mão esquerda que será utilizado para tocar determinada nota. Isso é independente da casa que será tocada, pois pode-se utilizar o dedo 1 para tocar qualquer casa, dependendo da posição que se está utilizando naquele momento. Nesse primeiro exercício, por ser para iniciantes, os dedos da mão esquerda geralmente vão coincidir com as casas. Ex: dedo 1, casa 1, dedo 2, casa 2, etc.

Vamos ver agora a questão da grafia musical utilizada para violão. Perceba que a primeira nota, com duração de mínima, está com a haste dividida para cima e para baixo. Você já havia percebido isso?

Isso passa um pouco despercebido pelos iniciantes na leitura do violão, mas significa simplesmente divisão de vozes. É como se houvessem 2 vozes cantando ao mesmo tempo, a voz de baixo, com a haste para baixo e a voz de cima com a haste para cima. Note que a voz de baixo, sendo mínima vai durar 2 tempos. Mas a mesma nota com a haste para cima e ligada às outras colcheias, tem a duração de colcheia na voz de cima. Por que? Isso acontece para que o tempo da voz de cima e da voz de baixo seja o mesmo, mas contrapondo-se. Como a fórmula de compasso é 2/4, precisamos da duração da mínima na voz de cima e também na voz de baixo. Na voz de cima, o tempo é preenchido com 4 colcheias.

Como você viu, é preciso manter os 2 tempos na voz de baixo, então, na hora de tocar este exercício, lembre-se de manter as notas dos baixos durante o compasso todo.

Exercite!

Agora que você conhece os primeiros passos para uma leitura de partitura de violão, procure exercitar com partituras simples, como esta. Busque outras partituras e analise todos esses conceitos.

Não subestime as partituras simples, use-as como base para seu desenvolvimento.

Espero que tenha gostado deste post, continue por aqui, pois traremos mais posts com conteúdos sobre leitura de partitura! Enquanto isso, confira também nosso vídeo:


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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Como tirar a voz da garganta em 3 passos simples

Cantar com conforto deve ser uma das metas a serem perseguidas pelo cantor iniciante, já que o começo é a base de tudo o que está por vir e a saúde vocal está em primeiro lugar.

Quando alguém diz que está sentindo que a voz está na garganta não é um pleonasmo, significa na verdade que está sentindo certo desconforto e cansaço nas pregas vocais, levando à fadiga e à dor. Precisamos estar todo o tempo atentos ao nosso corpo e sentir o que está acontecendo.

Se você sente que ao cantar determinadas notas no extremo agudo ou grave acontece um desconforto, significa que é necessário fazer ajustes para melhorar a colocação, antes que isso leve à outros problemas. Evite cansar a sua voz, pare e pense em como fazer de uma maneira natural e confortável.

Aqui eu vou dar 3 passos simples para você melhorar a sua colocação agora mesmo e ganhar consciência e conforto ao cantar. Você pode repetir esses passos sempre que quiser, e assim dominar a colocação correta da voz.



1- Exercícios de relaxamento

É muito importante colocar na sua rotina os exercícios de relaxamento, principalmente se você é iniciante e ainda não consegue relaxar o corpo durante o canto. 

Faça alongamentos nos braços, ombros e pescoço. Faça auto-massagem nos ombros. 

Um bom exercício de relaxamento para a garganta é o bocejo. Provoque bocejo algumas vezes, é muito relaxante.

Relaxe a mandíbula com o exercício de mastigação exagerada. Feche e abra a boca algumas vezes.

Após esses exercícios, feche os olhos e perceba como o seu corpo está. Sinta a sua respiração e detecte se ainda há alguma tensão. Se houver, faça o exercício correspondente para relaxar a parte do corpo que está tensa.

2- Lax Vox

Lax vox é uma ferramenta terapêutica criada pela fonoaudióloga Marketta Sihvo para melhorar a ressonância e fluxo de ar.

Consiste em utilizar uma garrafinha de plástico com água até a metade e, com um canudinho(tubo de silicone), soprar de maneira estável, formando bolhas na superfície da água. Parece brincadeira de criança, mas os resultados são muito bons.

Você pode criar variações desse exercício, fazendo aquecimentos enquanto produz as bolhas. 

Pontos importantes:

>Verifique a sua postura corporal durante o exercício.
>Mantenha o apoio correto. 
>Relaxe a boca e os lábios. 
>Respire sempre pelo nariz. 

Outra possibilidade é cantar enquanto produz as bolhas, com pausas entre as frases.

Essa ferramenta tem a vantagem de ser super simples e de fácil aplicação, colocando o aparelho fonador para trabalhar da maneira correta, automatizando a colocação adequada, além de ser super relaxante. Não há grandes segredos, crie suas rotinas com o lax vox e sinta os benefícios do método.

3- Faça bons aquecimentos

Os exercícios de vibração de lábios e língua são os melhores aquecimentos. Além de aquecer a voz, relaxam a musculatura e promovem a colocação correta.

Para fazer esses exercícios de maneira adequada, procure sempre uma boa postura corporal e apoio correto. Mantenha a laringe estável durante o exercício.

Outro exercício muito utilizado é o exercício humming, que consiste em sonorizar com a boca fechada.

Veja os exercícios de aquecimento exemplificados no nosso vídeo:


Espero que este post tenha trazido alguns insights para você, que quer melhorar a sua voz e cantar com mais confiança. Se você quer um método passo-a-passo, sugiro que confira o curso Os Pilares do Canto. Bons estudos!



Como tirar músicas de ouvido- subdivisões

Percepção é a chave para quem quer desenvolver agilidade na interpretação de músicas e tirar músicas muito mais rápido. Para um bom desenvolvimento do ouvido, precisamos aliar a teoria com a prática e extrair tudo o que puder trazer um atalho para nós. É tudo mais simples do que parece, mas precisamos ter bastante consciência.


Neste primeiro post sobre como tirar músicas de ouvido, vamos abordar um dos elementos que é a base para tudo que escutamos em determinada música. A subdivisão.

Pré-requisito: pulso e leitura de partitura

O que é a subdivisão?

Subdivisão é o conjunto de figuras musicais idênticas predominantes dentro dos pulsos no arranjo da música, que servem como uma base para o todo. (A definição é nossa. Se necessário, crie a sua conforme sua percepção ou visão do assunto)

Isso significa que ao escutarmos uma música, haverá sempre a predominância de algum tipo de figura musical, que pode ser a colcheia, a semicolcheia ou então a tercina. Um exemplo é uma música onde, na maior parte do tempo, se ouve semicolcheias no arranjo.

Procure perceber isso a partir de agora, ouça as suas músicas com essa consciência.

Por que identificar a subdivisão da música?

A subdivisão é o elemento que mais traz pistas em relação às figuras rítmicas da música, e com esta consciência intuímos com mais facilidade tudo o que estamos ouvindo, nos permitindo tirar de ouvido tanto a melodia quanto o acompanhamento e até transcrever a parte rítmica, o que é meio caminho andado para uma transcrição.
Isso se torna uma ferramenta poderosa de atalho para interpretar uma música e evitar quaisquer tipos de erros na sua execução.

Passos para identificar a subdivisão e ter uma excelente percepção rítmica 

1- Sinta o pulso

Antes de tudo, é necessário ter uma boa consciência do pulso da música. Veja alguns posts onde abordamos esse assunto:




Faça alguns exercícios como, por exemplo, bater palmas, pés ou mesmo, fazer movimentos que marquem bem o pulso.

2- Identifique o estilo da música 

Outro ponto importante aqui é ter noção do estilo musical. Aos poucos, você vai notar que em várias músicas de determinado estilo predominam subdivisões específicas. Um exemplo é o rock, onde ouvimos a subdivisão binária.

A maneira mais fácil de identificar um estilo é perceber os instrumentos que compõem o arranjo. Os instrumentos são muito característicos aos estilos. Comece pesquisando estilos musicais e seus instrumentos e vá analisando as músicas e determinando seus estilos.

O que aquele estilo musical quer passar ao ouvinte? Faça essa pergunta a si mesmo e tente respondê-la.

3- Estude as subdivisões 

Um dos livros mais utilizados nesse processo é o Pozzoli partes I e II. Recomendo muito você começar por ele, pois o mesmo trabalha as figuras rítmicas de maneira gradual e progressiva.

Pegue o seu instrumento e comece a ler os exercícios rítmicos do livro, usando uma escala musical, um acorde ou uma nota, dependendo do seu instrumento. Faça-os sempre de maneira prática, para que a assimilação seja completa. Use o corpo e a voz, se não tiver nenhum instrumento à mão.

Com as primeira lições, você já vai ter uma base para entender um pouco mais sobre a subdivisão das músicas. Procure estudar diariamente, para conseguir bons resultados.

4- Acompanhe as músicas com suas partituras

Escolha uma música e pegue sua partitura. Veja as figuras rítmicas que são predominantes na partitura. Assim fica muito mais fácil perceber que figura está mais presente. 

Escute a música algumas vezes, tentando acompanhá-la na partitura. Não se preocupe se for difícil no começo, continue praticando.

Fazendo isso com algumas músicas, você irá criando consciência das subdivisões e aos poucos, as perceberá de maneira intuitiva nas músicas que ouvir.

5- Ouça muitas músicas e palpite as subdivisões 

Agora que você já treinou um pouco e entendeu mais sobre subdivisão, você pode praticar ouvindo músicas e sentindo as suas subdivisões. As práticas com isso trarão mais liberdade para você, que fará leitura de partitura muito mais facilmente e tirará as suas músicas de ouvido com mais agilidade.

É muito fácil determinar o acompanhamento da música com essa consciência. Com os ouvidos bem treinados, você consegue apenas ouvir uma vez a música e já saber o ritmo que fará no seu instrumento., acompanhando a cifra.

Treine um pouquinho todos os dias e você verá que vale muito a pena ter essa ferramenta em mãos. Aproveite para assistir agora o nosso vídeo sobre dicas de como treinar a percepção e se inscreva no nosso canal para receber mais conteúdos!





quinta-feira, 14 de junho de 2018

3 passos para ganhar timbre nos agudos

Mais um post destinado aos cantores e também a quem está começando a se interessar por canto e quer ganhar sonoridade na voz. Aqui daremos dicas valiosas para que os seus treinos rendam mais e tragam os resultados que você espera.

Com as dicas que vai ver aqui, você pode hoje mesmo começar a trilhar o caminho para uma voz mais limpa, potente e brilhante. Anote todos os pontos que julgar necessários para você.

Ganhar timbre nas notas agudas requer que vários aspectos sejam trabalhados, mas você vai separar por partes, para que cada detalhe seja cuidado com precisão. Não tenha pressa, pois o corpo precisa de um tempo para assimilar tudo e assim produzir da melhor forma. Vamos às dicas!

1- Musculação vocal

Para começar, é recomendável que se crie uma rotina de estudos que caiba dentro da sua agenda. Escolha um horário que é acessível para você todos os dias e assim você verá que os resultados chegam aos poucos. O importante é a constância, mesmo que sejam poucos minutos por dia.

O estudo diário é importante porque serve como um treino de academia. As pregas vocais precisam levantar peso com frequência para ganhar massa, e assim, potência.


Uma boa rotina é colocar aquecimentos, alguns exercícios de colocação, exercícios de respiração e técnica e aplicar tudo ao repertório, que é onde você vai perceber o que precisa trabalhar ou ajustar. Grave seus estudos, para ter uma base de como está evoluindo. Se ouça de maneira crítica e peça a opinião de seus amigos, mas seja aberto.

Se você não toca nenhum instrumento para se acompanhar nos exercícios de aquecimento e técnica, não tem problema, você pode baixar aqui um material de apoio totalmente gratuito, com base para vocalizes gravada em piano. 


2- Trabalhe a sua colocação 

A colocação é o que vai te permitir cantar com mais liberdade, pois vai facilitar a emissão, principalmente das notas agudas. Com uma colocação adequada, você não vai sentir cansaço nas notas agudas, que soarão mais brilhantes e abertas.

Um bom exercício de colocação é utilizando as vogais u e i. Você pode fazer o exercício somente com a vogal u, depois o mesmo exercício com a vogal i, e também com ui (utilize o material gratuito linkado acima). Esses exercícios podem ter como base tanto o pentacordio(graus conjuntos) como os arpejos(saltos de notas), além de variações que você pode criar, dependendo das necessidades. Use a criatividade a seu favor.

Para treinar a colocação no seu repertório, você pode cantar as passagens mais difíceis (agudas) com essas vogais do estudo de colocação. E então passar para a letra num segundo momento. Esse treino deixará a sua voz mais bem colocada e preparada, além de promover um relaxamento. Ex: cantar a melodia com "ui ui ui" e depois cantar normalmente com a letra, mas mantendo a sensação das vogais.

Sinta que a sua laringe está estável durante o treino, para evitar espremer. Se for necessário, coloque a mão na sua garganta para sentir o movimento e tente manter a laringe no mesmo lugar, evitando que suba nos agudos. Você pode usar a sensação do bocejo para te ajudar nesse momento.

Enfim, separe alguns dias para focar na sua colocação e deixa ela bem resolvida.

3- Monte o apoio da voz

Outro ponto que influenciará na sonoridade dos agudos é o apoio. O importante aqui é manter um fluxo de ar estável e sempre igual. 

Para começar, faça exercícios de relaxamento e alongamento no corpo. Remova todas as tensões. 

Respire, sentindo o movimento do diafragma, e solte em S, buscando um fluxo constante, com o S soando sempre igual até o ar acabar, calculando quanto tempo dura. Use como base esse tempo para se exercitar.

Perceba se, durante o exercício de respiração, houve algum tipo de tensão na garganta. Evite que isso aconteça.

Respire mais uma vez e prenda o ar por alguns segundos. Em seguida, solte em S.

Durante os exercícios, é muito importante desenvolver a consciência de como o corpo está trabalhando, só assim você vai conseguir aplicar adequadamente ao repertório.

O objetivo é que você consiga cantar com folga e reserva de ar, de maneira a evitar força na garganta e sentir que o apoio vem do movimento da respiração.

Isso trará muito mais potência para a sua voz, que soará mais firme e limpa, devido ao apoio correto, principalmente se a colocação estiver adequada também.

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