quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Percepção na prática

Olá! Hoje trago algumas sugestões e dicas para quem quer aprimorar a percepção e ouvir muito mais suas músicas. Assim você pode entendê-las e analisá-las para criar ideias e dar a sua cara àquilo que você esta interpretando.
O primeiro passo é entender onde está o pulso. Para perceber isso, bata palmas regulares que casem com tudo o que está acontecendo na música. Faça movimentos diferentes para cada parte da música. Perceba uma lógica nos movimentos, como eles sucedem e quando ocorre um ciclo.
O pulso pode ser comparado a passos ou batidas do coração. Ou seja, ele mantém um andamento, que dificilmente se altera.
Depois de pensar nas partes da música, ouça o que diferencia uma parte da outra. Pode ser um instrumento diferente, um ritmo diferente ou mesmo alterações nos parâmetros da música (altura, intensidade, timbre, etc). Anote as características de cada parte.
Continue ouvindo e perceba os motivos rítmicos mais frequentes (uma sequência rítmica que se repete várias vezes na música ou mesmo se mantém por toda ela).
Memorize esse motivo, batendo palmas ou reproduzindo de alguma forma prática.
Comece a prestar atenção na harmonia, percebendo onde há mudanças de acordes. Perceba as passagens com acordes que criam tensão e também com os acordes que criam sensação de repouso/finalização. Para diferenciá-los, basta pensar se o acorde serviria para terminar a música. Caso contrário, o acorde gera instabilidade.
Visualize imagens para as partes da música, levando em conta a interpretação. Perceba se o que diz a letra acontece na música como um todo. Veja se letra e música dizem a mesma coisa.
Essas dicas são importantes para trabalhar a percepção. Procure seguir alguns desses passos em várias músicas, até criar o hábito e fazer as análises inconscientemente.
Bons estudos!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Leitura, análise e escrita de música coral

Olá! Hoje darei uma pincelada num assunto muito importante para qualquer estudante de música, que é a condução de vozes, desvendando as técnicas utilizadas nas músicas corais. O objetivo principal é aprender a fazer análise e posteriormente aplicar os conhecimentos nos seus arranjos. Utilizaremos uma peça coral de Bach em lá menor.

Primeiro, vamos observar a escrita para coral e entender como funciona a sua escrita.
Geralmente, encontramos uma partitura para coral com duas pautas, uma com clave de sol e outra com clave de fá. A com clave de sol, a pauta de cima contém as vozes femininas soprano e contralto, sendo a soprano representada por figuras com hastes para cima e a contralto por figuras com hastes para baixo. A pauta com clave de fá contém as vozes masculinas tenor e baixo, sendo o tenor representado pelas figuras com hastes para cima e o baixo representado pelas figuras com haste para baixo.





Há um cuidado especial para escrever nesta formação, sempre respeitando os registros de cada voz. Veja a tessitura de cada voz abaixo:





Chamamos de vozes superiores o tenor, o contralto e o soprano. Entre essas vozes, é aconselhável que não haja mais que 1 oitava de distância.
Exercício: Na partitura abaixo, verifique qual a distância entre as vozes superiores. Ex: no primeiro acorde, a distância entre o soprano e o contralto é de uma 3ª.




Posição aberta ou fechada

A posição é a forma de distribuição das notas do acorde. Se houver a possibilidade de incluir uma nota do acorde entre duas vozes superiores vizinhas, é porque a posição é aberta. Se não houver esta possibilidade, a posição é fechada. Veja no exemplo, que no acorde de Sol maior, há a possibilidade de introduzir a nota ré entre o tenor e o contralto e a nota si entre o contralto e o tenor. Analise também os outros acordes, quanto às posições utilizadas.


Dobramentos de notas

Pensando em tríades e utilizando a escrita a quatro vozes, é necessário dobrar uma das notas do acorde. Mas como escolher a nota a ser dobrada?
A melhor escolha é dobrar a fundamental. Em segundo lugar, a quinta do acorde. E por último, a terça(evitar dobrar a terça).
Verifique os dobramentos utilizados no trecho abaixo:

Movimentos das vozes

Durante a escrita, evita-se saltos maiores que uma oitava e para intervalos dissonantes. A melhor opção, dada a melodia da música, é construir as outras vozes sempre mantendo o máximo possível graus conjuntos em cada voz.
Os movimentos entre as vozes pode ser: oblíquo, quando uma das vozes fica mantida enquanto a outra caminha; contrário, quando um par de vozes se movimentam em direções opostas; ou direto, quando duas vozes caminham para a mesma direção.
Deve-se evitar quintas ou oitavas consecutivas (quando duas vozes caminham por movimento contrário para uma oitava ou quinta justa) e quintas ou oitavas paralelas (quando duas vozes caminham de uma quinta para uma quinta justa ou de uma oitava para outra oitava justa). Também evitar quintas e oitavas ocultas (quando caminha-se, por movimento direto para uma quinta ou oitava).

Dicas para construir um arranjo

-Pegue a melodia da música, bem como sua harmonia.
-Escreva o baixo
-Construa as vozes intermediárias, utilizando graus conjuntos entre as vozes
-Sempre que possível, utilize o movimento contrário, que evita erros de condução de vozes.
-Utilize a criatividade para criar ritmos diferentes entre as vozes, mas que harmonizem bem!


Até o próximo post!

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dedilhado- padrões e formas de aplicar aos acordes

No vídeo acima você vai aprender dicas básicas de como fazer dedilhados e padrões importantes! Aplique a técnica nos acordes que quiser! Bons estudos!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Progressões harmônicas

Olá! O assunto de hoje é "Progressões harmônicas".
As progressões harmônicas são sequências comuns de acordes que produzem movimento, tensão e conclusão, por meio dos acordes constituídos sobre os graus do campo harmônico.
As progressões têm como objetivo caminhar para a tônica, ou o acorde I.
Veja abaixo exemplos de progressões em Sol maior.


VIm  I   V   I
Em   G  D  G

VIm  I  V  IV
Em   G  D  C

I   IIm  V  VIm
G Am  D   Em

I   IV  V   I
G  C   D  G

Cada caso acima termina em uma situação, dependendo do grau em que a progressão termina. Uma característica importante para extrair uma progressão harmônica de uma música, é perceber se esta progressão se repete várias vezes.

No primeiro caso acima, temos uma sequência de acordes que termina em I. Isso significa que a progressão tem caráter conclusivo, a música pode terminar assim.
No segundo caso, a progressão termina no IV grau. Isso gera um movimento na música, percebemos a falta de conclusão.
No terceiro caso, a progressão termina no VIm. Isso também traz a sensação de não conclusão.
Por fim, a quarta progressão, também termina no I grau, tendo caráter conclusivo.

Extraia progressões de músicas populares e estude em diversos tons!

Podemos notar que há muitas possibilidades de progressões e elas podem finalizar em qualquer grau do campo harmônico, mas só será conclusiva se terminar no I grau. Isso vale também para o campo harmônico menor.

Quando a progressão termina em V-I, chamamos esta finalização de cadência autêntica. Veremos formas de chegar à esta cadência abaixo.

Progressões em círculos

Uma forma interessante de criar estas sequências é pensar em progressões em círculos. Verificamos que a forma mais forte (de tensão-conclusão) de se chegar à tônica, é fazer um V-I. Ou seja, uma quarta ascendente, intervalo que utilizaremos para realizar as progressões em círculo. Pensando da mesma forma, precisamos chegar à dominante (V) e a forma mais forte de se chegar à ela é pelo IIm. Seguindo o mesmo raciocínio, chegaremos ao IIm pelo VIm e chegaremos ao VIm pelo IIIm. Por fim, o acorde de início da progressão será o I, que pode ir para qualquer grau do campo harmônico.
Os acordes finais da progressão, têm como função subdominante-dominante-tônica.
                     S      D   T
IIIm   VIm   IIm   V    I
                    IV   VII°

Como você pode ver, o acorde subdominante pode ser substituído pelo IV grau e o dominante pode ser substituído pelo VII° grau.

Construa progressões em todos os tons, utilizando este guia e toque-as também!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Trabalhando o ritmo e batidas, acordes básicos violão iniciantes









Aula explicativa e prática de como trabalhar o ritmo, o pulso e fazer batidas no violão sem dificuldade, aprendendo a mecânica do violão. Entenda como mudar os acordes mais rápido e aprenda a manter o ritmo. Crie independência.
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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Notas estranhas ao acorde

Ola! Hoje é dia de falar de mais um assunto que cai em vestibular de música. "Notas estranhas ao acorde". Como pré-requisito, é necessário que você conheça bem campo harmônico, escalas e também arpejos.
As notas estranhas aos acordes são notas que não pertencem ao acorde, mas aparecem nos tempos fracos, embelezando a melodia. Por exemplo, enquanto você toca o acorde C no seu violão, o cantor pode estar cantando a nota fá, que pode resolver ou não em uma nota do acorde.

Tipos de notas estranhas ao acorde

Bordadura
Nota que sobe ou desce por grau conjunto de uma nota do acorde, e retorna à nota do mesmo.

Ex: bordadura inferior

Sol

Mi

Do             Do
        Si

Chamamos de bordadura inferior, quando a nota desce a partir da nota do acorde, e de bordadura superior, quando a nota sobe. A bordadura geralmente aparece em tempo fraco.

Nota de passagem

Nota que também acontece por grau conjunto, podendo ser uma ou duas seguidas, ligando as notas do acorde.

                    Do
              Si
        La
Sol

Mi

Do

As notas de passagem também acontecem geralmente em tempos fracos do compasso.

Retardo
Acontece quando a nota do acorde x se mantém na mudança de harmonia para o acorde y, apresentando-se como uma tensão neste último acorde, e depois, resolve-se por grau conjunto em uma nota do acorde y.

Acorde x            Acorde y

Do                     Do
                                  Si
Sol                    Sol

Mi
                         Re
Do

                         Sol

Antecipação

Acontece quando a nota do próximo acorde é antecipada, surgindo antes da troca de harmonia.

Acorde x              Acorde y
Do       Re               Re

Sol                          Sol

Mi
                               Re
Do

                               Sol

Apojatura

A apojatura é uma nota dissonante ao acorde, que aparece em tempo forte e resolve por grau conjunto em nota do acorde.


Re
           Do
Sol

Mi

Do

Escapada

A escapada e uma nota que sai por grau conjunto de uma nota do acorde e salta em direção à uma nota do próximo acorde.

Acorde x               Acorde y
                              Do
             La
Sol
                              Fa
Mi

Do
                              La

Estas são as principais notas estranhas ao acorde. Exercite cada uma delas, realizando passagens de um acorde para o outro. Toque o que realizou.


Espero que tenham gostado deste post! Qualquer dúvida, deixem comentários ou email para ligia_goncalves22@hotmail.com




    

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Transposição

Olá! Esta semana seguimos com as postagens com conteúdos que caem em vestibular de música. O nosso tema é "transposição". Isso é um recurso muito importante, que facilita a vida de todos os instrumentistas e também professores de música, bem como compositores. Além disso, ajuda na escrita musical, aliado com a percepção. Espero que goste!

A transposição é um recurso utilizado para adaptar a altura da melodia, sem modificá-la. Transpomos uma melodia quando ela não é possível ser executada no nosso instrumento. Também pode servir para fins didáticos, diminuindo o número de acidentes, para a melodia ficar mais fácil.
Como transpor?
Para fazer uma transposição, é muito importante ter o domínio de intervalos e escalas maiores e menores. Facilitará também se você já conhece armadura de clave. 

1- Comece a transposição com trechos pequenos da música.
2- Verifique em que tom está a melodia no momento e se há notas alteradas (sustenidos e bemóis fora do tom)
3- Identifique os graus da melodia, pensando na sua escala. Se necessário, construa a escala em que a melodia está.
4- Decida quantos tons ou semitons acima ou abaixo você quer transpor, ou para que tom será feita a melodia.
5- Identifique qual será a escala da transposição. Ex: melodia em Do maior, 1 tom abaixo: Si Bemol maior ou 1 tom acima- Re maior. Monte essa escala e analise com graus. Se você já tem o tom em mente- lá maior, por exemplo- basta construir a escala e analisar os graus.
6- Inicie a transposição, passando cada grau da escala da melodia para os mesmos graus no tom da transposição. Ex: se iniciou no III grau de do maior, nota mi, irá para o III grau de lá maior, nota dó #.
7- Respeite o desenho da linha melódica, cuidando para não oitavas nenhuma nota.
8- Caso haja alguma alteração de sustenido ou bemol, você irá verificar o grau alterado e alterar o mesmo grau da escala de transposição. Essa parte requer atenção, pois na escala da melodia a nota pode estar alterada em bemol, na transposição, pode acontecer simplesmente um bequadro.
9- Pronto! Se você quiser checar se está tudo certo com a melodia, toque-a!


Obrigada pela visita, qualquer duvida, basta enviar um email para : ligia_goncalves22@hotmail.com

Abraços!

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Modos gregos

 Olá! Hoje temos mais um post com assunto que cai no vestibular. Confira:

Os modos gregos, conhecidos também como modos gregorianos, são escalas que se iniciam a partir de cada um dos graus da escala maior. Ex:

I -  Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si
           t      t      st     t       t       t
II - Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó
          t       st     t       t      t     st
III -  Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré
             st     t       t      t     st     t
IV -  Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi
             t       t      t     st     t       t
V -  Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá  
             t      t     st     t       t       st
VI -  Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol
             t     st      t      t       st    t
VII -  Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá
             st      t      t       st    t       t

Ou seja, a partir de qualquer escala maior, podemos obter 7 modos, contando com a escala maior. Os modos são:

I- Jônio (escala maior)
Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si
II- Dórico
Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó
III- Frígio
Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré
IV- Lídio
Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi
V- Mixolídio
Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá  
VI- Eólio (escala menor)
Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol
VII- Lócrio
 Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá

Como exercício, a partir das escalas maiores, monte os modos.

Dando continuidade, veremos os modos pensando nos intervalos gerados a partir da tônica.
O modo jônio nos servirá de guia para facilitar a memorização dos modos maiores. Os modos maiores são os gerados pelo I grau (jônio), IV grau (Lídio) e V grau (Mixolídio). Veja:

Modo jônio:

Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si
 T   2M   3M  4J    5J     6M  7M

Modo Lídio:
Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi
T     2M  3M  #4   5J   6M  7M

 Modo Mixolídio
Sol   Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá  
T     2M  3M  4J    5J    6M  7m

Fica fácil visualizar que o modo lídio possui uma única diferença em relação ao modo jônio : a #4. O mixolídio também terá uma única alteração em relação ao modo jônio : a 7m. Veja esses modos partindo de uma única tônica:

Dó Jônio
Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si

Dó Lídio
Dó   Ré   Mi   Fá#   Sol   Lá   Si

Dó Mixolídio
Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Sib 


Exercite os modos maiores, utilizando diversas tônicas.

Passando para os modos menores, nossa guia será o modo eólio, do VI grau. Os modos menores serão os gerados pelos graus II, III, VI e VII. Veja abaixo os modos menores e, em destaque as notas que os diferenciam do modo eólio (ou escala menor).

 Modo eólio
Lá   Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol
 T   2M  3m  4J    5J    6m  7m
 
Modo Dórico
Ré   Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó
 T    2M 3m   4J     5J   6M  7m
Modo Frígio
Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Ré
 T    2m  3m   4J   5J    6m   7m
Modo Lócrio
 Si   Dó   Ré   Mi   Fá   Sol   Lá
T     2m   3m  4J   5d    6m   7m

Monte os modos menores a partir de uma única tônica.

Boa semana de estudos a todos!!

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Campos harmônicos menores- tonalidade

Olá!
Esta semana, seguiremos com o nosso papo sobre tonalidades.
A semana passada, falamos sobre a diferença entre o tom e a tonalidade e vimos a estrutura do campo harmônico maior. Esta semana veremos os campos harmônicos menores.

Campo harmônico menor

Podemos montá-lo a partir do campo harmônico maior. Especificamente a partir do VI grau do campo harmônico maior. Veja:


Campo harmônico Maior

I  IIm IIIm IV V VIm VII°
C Dm  Em  F  G  Am    B°


Campo harmônico menor (graus do campo harmônico maior em parênteses)
(VIm) (VII°) (I)  (IIm) (IIIm) (IV) (V)
    Im       II°  III  IVm     Vm   VI   VII
   Am      B°   C    Dm      Em   F      G


Os acordes são os mesmos, mas a diferença está no centro tonal, que na tonalidade maior é o acorde C, e na tonalidade menor é o acorde Am.

Monte os campos harmônicos menores a partir de todas as escalas menores, pensando como partindo do VI grau da escala maior.

Campo harmônico menor harmônico

A escala menor harmônica surgiu justamente para solucionar o problema de ausência da sensível na escala menor natural, o que gerava um acorde menor no V grau, que não gerava tensão para ser resolvido no I grau. Por isso, o VII grau foi elevado em 1/2 tom. Isso altera, no campo harmônico em tríades, o III, V e VII graus.

Im   II° III+ IVm V VI VII°
Am B°   C+  Dm  E F   G#°

Porém, os graus I, II, IV e VI mantém-se os mesmos. O campo harmônico ganha um acorde maior no V grau.

Campo harmônico menor melódico

Este campo harmônico será comparado ao menor harmônico, está muito distante do campo harmônico menor natural. A sua escala parece uma escala maior com terça menor. Isso gera acordes muito tensos. Em relação ao campo harmônico menor harmônico, haverá alteração no II, IV e VI graus. Os graus I, III, V e VII serão os mesmos encontrados na menor harmônica.

Im   IIm III+ IV V VI° VII°
Am Bm   C+ D   E F#° G#°


Após estas comparações, agora, faça exercícios utilizando uma mesma tônica para criar os 4 campos harmônicos. Após fazer essa montagem utilizando as estruturas, escreva no seu caderno pautado as tríades de cada campo harmônico na sequência, para observar as notas de cada acorde. Faça comparações. Faça também os arpejos de cada acorde de todos os campos harmônicos.


É isso ai, espero que tenha ajudado! Na próxima semana teremos mais dicas! Veja o nosso vídeo que será lançado no YouTube sobre esse tema.

Um abraço!









quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Campo harmônico maior em tríades- sugestão de estudo

Olá! Obrigada pela visita e espero que seja de grande valia para você a sugestão de estudo de hoje.
Antes de seguir este post, será de grande valia se você já estudou formação de acordes, intervalos e escalas maiores. Caso não tenha estudado, dê uma olhada nos outros posts e, caso tenha dúvidas, entre em contato pelos comentários!
Começaremos então, apresentando o campo harmônico maior. Os acordes formados em tríades serão sempre esses:

Campo harmônico Dó Maior


I   IIm   IIIm   IV   V   VIm   VII°
C   Dm    Em     F    G    Am    B°


Utilize esta estrutura I,IIm,IIIm,IV,V,VIm,VII° para montar qualquer campo harmônico maior, a partir de qualquer escala.


Campo harmônico Sol Maior

I   IIm   IIIm   IV   V   VIm   VII°
G   Am     Bm    C    D   Em    F#°


Após montar todos os campos harmônicos, toque-os no seu instrumento.

1- Toque todos os acordes do campo harmônico em uma única região
2- Toque os acordes do campo harmônico na forma horizontal
3- Misture essas possibilidades
4- Toque cada acorde do campo harmônico utilizando o sistema CAGED.
5- Toque cada um dos itens acima, e acrescente os arpejos respectivos a cada acorde.

Espero que tenha gostado das sugestões, estudando desta forma, você irá ampliar muito as possibilidades de execução. Aguardo você na próxima semana!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Tonalidades- vestibular de música


Olá! Hoje quero trazer para vocês mais um assunto importante, que cai no vestibular de música, que é o tema "tonalidades".
É necessário ter um certo cuidado ao utilizar esta palavra, pois às vezes é colocada de forma inadequada e confundida com o tom. Exemplos:

A música está na tonalidade de Dó maior.
A música está no tom de Dó maior.

Qual dos dois exemplos está certo? Ou será que os dois estão?
Na verdade, o mais adequado seria dizer que a música está no tom de Dó. Tonalidade refere-se à estrutura da escala utilizada, que pode ser maior, menor, menor harmônica ou menor melódica. Ou seja, na verdade a música está no tom de Dó, na tonalidade MAIOR.
Tonalidade refere-se também a hierarquia, pensando no campo harmônico de cada escala. Veja a tabela abaixo, que contém o campo harmônico da escala de Dó.

 I7M    IIm7    IIIm7  IV7M   V7   VIm7   VIIm7(b5)
C7M   Dm7    Em7     F7M     G7   Am7   Bm7(b5)

As funções que fazem parte dessa hierarquia são: tônica, subdominante e dominante, representadas principalmente pelos graus I,IV e V. Veja o que cada função representa.

Tônica: repouso, estabilidade. Função do I grau, é a que geralmente fecha a peça musical ou música.

Subdominante: movimento, ação. Função do IV grau, é a que traz movimento à música, não é estável nem instável.

Dominante: tensão, instabilidade. Função do V grau, é a mais instável, que súplica por ser resolvida na tônica.

Experimente ouvir tudo isso nas suas músicas preferidas. Perceba se cada momento da música está em repouso, movimento ou tensão. Isso ajudará muito você a desenvolver sua percepção.

Neste post, introduzimos ao conceito de tonalidade e vimos a tonalidade maior e seu campo harmônico. No próximo post, seguiremos esta explicação, com a tonalidade menor, por isso, entenda bem a tonalidade maior, para então prosseguir nos estudos.

    

domingo, 19 de julho de 2015

Percepção e reconhecimento de intervalos- vestibular

Olá! Nessa postagem, vamos iniciar um estudo de percepção.
Antes de começar, aproveite para revisar os conteúdos de intervalos e escalas.
Para estudar a percepção, tenha um instrumento em mãos e o seu celular, para gravar.
Ao iniciar o estudo de percepção, comece reproduzindo a sequência de notas de do a sol. Ou seja, as cinco primeiras notas da escala.
Dó   Ré   Mi    Fá   Sol
Faça o mesmo partindo da nota Sol e descendo até o Dó.
Sol   Fá   Mi   Ré   Dó
Treine bem essa sequência de notas, mesmo parecendo fácil. Uma sugestão de estudo é fazer o mesmo em todos os tons.
Dica:
Círculo médio preto️Escute atentamente a nota e faça uma imagem dela na sua cabeça. Depois, reproduza a nota. Após reproduzir, toque a nota novamente e confira se a altura é a mesma.
Círculo médio preto️Grave sempre os seus estudos de percepção e avalie.
Após firmar bem esse estudo das cinco primeiras notas da escala, comece a treinar a percepção por saltos, começando por duas notas de cada vez. Estude lentamente com todas as possibilidades.
Dó Ré
Dó Mi
Dó Fa 
Dó Sol
Ré Dó
Ré Mi
Ré Fá
Ré Sol
Após isso, faça o treino utilizando três notas.
Dó Ré Dó
Ré Mi Fá
Fá Mi Ré
Mi Ré Dó

Após realizar esse estudo, pensando por enquanto em graus conjuntos, observe que estudamos intervalos de 2ª. Os intervalos de 2ª menor são os que acontecem entre o 3º e o 4º grau da escala, ou seja, pensando em dó maior, mi-fá. Entre os outros graus estudados, temos o intervalo de 2ª maior. Para reconhecer os intervalos de 2ª, relacione o som escutado com um par de notas da escala. Você pode pensar em um intervalo de 2ª maior, pensando que as notas soariam como Dó-Ré. Eu particularmente acho mais fácil pensar na 2ª maior assim, mas também pode relacionar com os graus II-III, Ré Mi ou IV-V, Fá-Sol. Ao pensar na 2ª menor, temos apenas a possibilidade da dupla Mi-Fá. 
Ok, se você se sente preparado para o desafio do ditado de intervalos de 2ª, vamos começar!
Temos 10 ditados de intervalos abaixo, utilizando apenas 2ª maior ou 2ª menor. Anote no seu caderno, se você ouviu uma 2ª maior ou menor. Para dúvidas ou saber o resultado, envie um email para: ligia_goncalves22@hotmail.com.

Ditado de intervalos de 2ª. Ouça atentamente e anote se você ouvir o intervalo de 2ª Maior ou de 2ª menor.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Formação de acordes e campo harmônico maior

Formação de acordes/campo harmônico maior

Olá! Agora iremos passar para o estudo de formação de acordes. No caso do vestibular, você precisa ter esse conhecimento para reconhecer os acordes nas passagens das músicas e assim realizar as análises. 
Para compreender esse assunto, você precisa dominar os assuntos de escalas e intervalos.
Os acordes de tríades podem ser maiores, menores, aumentados ou diminutos. Eles são formados por sobreposição de terças, que podem ser maiores ou menores.
A escala maior possui a seguinte sequência de acordes, ou campo harmônico:

I     II     III   IV  V    VI     VII
C   Dm   Em   F   G   Am   Bº

Ou seja, os acordes maiores serão os dos graus I, IV e V. Os acordes menores serão os dos graus II, III e VI. E o acorde diminuto será o do VII grau. Não teremos acorde aumentado na escala maior.

Analisando as notas de cada acorde, teremos o seguinte:

C-   Ré   Mi  Fá   Sol   Lá   Si
Dm - Re   Mi     Sol     Si   Dó
Em- Mi   Fá   Sol   Lá   Si   Dó   Re
F- Fa   Sol   Lá   Si   Dó   Re   Mi
G- Sol   Lá   Si   Dó   Re  Mi   Fá
Am- Lá   Si   Dó   Re   Mi   Fá   Sol
Bº- Si   Dó   Re   Mi     Sol   Lá


Os acordes maiores são formados por sobreposição de terça maior-terça menor.

Acorde de C
Do     Mi     Sol
    3M    3m

Acorde de F
Fá    Lá     Dó
    3M   3m

Também analisamos a formação do acorde maior por Tônica, terça maior e quinta justa.

Acorde de G

Sol    Si    Re
T      3M   5J

Os acordes menores são formados pela sobreposição de terça menor-terça maior.

Acorde de Dm

Re     Fá     Lá 
    3m     3M

Ou também pela estrutura de Tônica, terça menor e quinta justa.
Acorde de Em
Mi   Sol   Si
T     3m   5J

Acorde de Am

Lá    Do    Mi
T     3m     5J

Os acordes diminutos são formados por sobreposição de terça menor-terça menor. Ou pela estrutura Tônica, terça menor, quinta diminuta.

Acorde de Bº

Si     Re     Fá
    3m    3m
T      3m     5d

Os acordes aumentados são formados pela sobreposição de terça maior-terça maior. Ou Tônica, terça maior e quinta aumentada.

Acorde C+
Do     Mi     Sol
    3M     3M
T       3M     5+


Dicas de estudo:
Círculo médio preto️Como sugestão de estudo, monte os campos harmônicos em todos os tons.
Círculo médio preto️Monte os quatro tipos de acorde, pensando na sobreposição de terças, utilizando uma tônica. Ex: C, Cm, Co e C+.
Círculo médio preto️Pense nos acordes como graus de uma determinada escala. Ex: Dm é o II grau da escala de do maior, VI grau da escala de fá maior, III grau da escala de Sib maior.